domingo, 24 de julho de 2016

A NECESSÁRIA RENOVAÇÃO ESPIRITUAL NA VIDA DE QUEM É DE DEUS

Josué 5:1-15
Pr. Gomes Silva
INTRODUÇÃO
Depois que passou o Rio Jordão, o povo escolhido de DEUS deveria, agora, passar por uma renovação espiritual. O pacto feito anteriormente com Abraão foi novamente renovado por meio da circuncisão. Tudo agora na nova terra era pura novidade. Isso nos faz lembrar a nova vida que o crente desfruta em CRISTO, através do novo nascimento e Paulo confirma isto, dizendo: "Se alguém está em CRISTO, nova criatura é, as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo" (2 Co 5.17b). (SCR)

I – EM GILGAL, DEUS RENOVA COM ISRAEL O PACTO POR MEIO DA CIRCUNCISÃO – vs 1-9
Na Enciclopédia Histórico-Teológica da Igreja Cristã, encontramos esta explicação sobre o significado da circuncisão: "Uma operação no órgão masculino de reprodução”, o que nós chamamos de cirurgia de fimose, mas sem qualquer prejuízo reprodutivo para o homem.

a) A circuncisão dos filhos de Israel (vv. 5-7).
Surge, então, uma pergunta: Por que os filhos de Israel teriam que ser circuncidados?

A partir do versículo 3, as Sagradas Escrituras dizem que, todo o povo que saiu do Egito estava circuncidado, porém esses homens de guerra morreram no deserto por desobediência a Deus. Mas nenhum dos que nasceram no deserto, depois da saída do Egito, havia sido circuncidado. Era, portanto, um novo povo, uma nova nação formada por pessoas que nasceram no deserto e que não tinham sido circuncidadas.

A aliança abraâmica estava vinculada bem de perto ao símbolo da circuncisão, o que era, com efeito, a eliminação da natureza carnal (Gn 17.11) separando a nação israelita para DEUS. A criança, naquela, só recebia o nome no dia da circuncisão (Lc 2.21 - oitavo dia). Para os judeus, a circuncisão é um dos mais importantes dos seus 613 mandamentos. A circuncisão "é interpretada como sinal de aliança ou pacto entre DEUS e a nação de Israel e, por conseguinte, indispensável como sinal característico de que alguém pertence a mesma” (Gn 11.10-14); Ex 12.44-49).

Era um rito de iniciação na família de Deus, representada em Abraão, para que o indivíduo participasse dos privilégios e promessas contidas no concerto, ou pacto celebrado pelo Senhor.

b) O sentido da circuncisão na cultura e na religião.
Em cada cultura ou religião a circuncisão podia ser interpretada com um sentido diferente:
- Seria uma medida higiênica e sanitária (Heródoto).
- Seria um sinal de filiação tribal.
- Seria uma preparação para a vida conjugal (higiene e prevenção de doenças - DST).
- Seria um teste iniciatório da coragem, antes do jovem ser aceito na tribo.
- Seria um meio que santifica as faculdades procriadoras.
O sentido correto, entretanto, é aquele que aprendemos da Bíblia – Aliança entre o homem e DEUS (Batismo nas águas para nós seria o mais próximo).
Nenhum crente neo-testamentário pode ser obrigado a submeter-se a ela (At 15.3-21; cf. GI 23.3).


c) Somente podiam participar da Páscoa os circuncidados - vv. 10-12
A circuncisão e a comemoração da Páscoa marcaram os estágios finais da preparação do povo escolhido para a guerra santa que estava para acontecer na conquista de Canaã cujo povo estava tomado de extremo terror - "os moradores estão desmaiados diante de vós" - era o clamor que se ouvia por toda a parte (Js 2.9,11).
Josué além de habilidoso guerreiro, era sem dúvida um homem verdadeiramente espiritual. Santificou o povo (3.5); circuncidou os varões (5.2-9); finalmente levou o povo a participar da Páscoa (5.10-12). Assim fazendo, foi "revolvido o opróbrio do Egito" (5.9), isto é, a vergonha que levaram por mais de 40 anos como incircuncisos.


d) O sentido espiritual da circuncisão.
Paulo diz em Romanos 4.11 que a circuncisão foi dada a Abraão como "sinal e selo da justiça da fé". Isto ele quer dizer que, a verdadeira circuncisão é a "interior", isto é, "circuncisão a que é do coração, no espírito". Os verdadeiros filhos de Abraão são os circuncisos de coração (Rm 2.25-29; 1 Co 7. 19; Gl 5.2-6), a verdadeira circuncisão somente pode ser efetuada em CRISTO (Fp 3.3; CI 2.11-15). CRISTO foi ministro da circuncisão (Rm 15.8).


APLICAÇÃO
Hoje não é mais necessária a circuncisão, pois ela acontece de forma espiritual a partir do momento que a pessoa nasce da água e do Espírito e entrega a sua vida a Jesus Cristo.

Essa pessoa passa a ser uma nova criatura, santificada e justiçada pelo Senhor para o louvor de sua glória.

Saiu toda sujeira de sua vida, seus pecados foram jogados no mar de esquecimento e passa a ter uma nova identidade, cuja filiação diz que ela agora é FILHA DE DEUS, cidadã do céu.

Saia você daqui nesta noite com o coração circuncidado, transformado e cheio da graça do Deus todo-poderoso, que muda a história de quem o procura.

lI. EM GILGAL, ACONTECE A CELEBRAÇÃO DA PÁSCOA PELOS FILHOS DE ISRAEL – v. 10-12
Até aquele momento em Gilgal, a páscoa só havia sido celebrada duas vezes. Em Êxodo 12 e Número 9:5. E aqui acontece a terceira pela ordem (v. l0). Por muitos anos, através do deserto, o povo não celebrou a Páscoa, talvez pelo fato de não estar circuncidado.

a) A Páscoa relembrava ao povo o sofrimento do cativeiro egípcio e sua grande libertação, por meio do DEUS de seus pais.

b) A Páscoa trazia à memória do povo a significação especial da morte do verdadeiro Cordeiro, ainda por vir, mas presente pela esperança messiânica. Embora a Páscoa seja diferente da Santa Ceia, em alguns pontos apontam para a morte de CRISTO.

- A Páscoa antes - tinha um caráter prospectivo (apontava para a frente)
- A Santa Ceia encontra-se depois ­ tem um caráter retrospectivo (aponta para trás como lembrança - e para frente como esperança: "Anunciais a morte do Senhor até que venha”.

Indiscutivelmente, depois da travessia do Rio Jordão e a celebração da Páscoa, a fé e a confiança do povo foram renovadas nas promessas de DEUS!

Da mesma forma, você pode renovar sua fé, seu temor a Deus, sua dedicação ao Senhor e a sua obra e apoderar-se das promessas do Grande-Eu-Sou.

III- EM GILGAL, A NAÇÃO ELEITA COMEÇA A DESFRUTAR AS BÊNÇÃOS NA NOVA TERRA – v. 11-12
a) Comeram do trigo da terra - (v.11).

No Salmo 78.24, o maná é também chamado de trigo do céu. Aqui, porém o povo tinha de se alimentar do "Trigo da terra", uma vez que já se encontrava no lugar, a terra para onde as bênçãos divinas os aguardavam. Tanto o trigo, como o maná, representam uma só pessoa: a pessoa de CRISTO, em vários aspectos, em sua humilhação (trigo) e exaltação (maná). JESUS comparou a Si mesmo como sendo o alimento espiritual para os seus. Ele disse em Jo 6: Eu Sou:
- "o pão do céu" (v.32);
- "o pão de DEUS" (v.33);
- "o pão da vida" (v.35);
- "o pão vivo" (v.51).
Finalmente, se comparou a Si mesmo como sendo o grão de trigo caído na Terra, em Jo 12.24.

b) Cessou o maná no dia seguinte (v.12).
É interessante observar como DEUS opera. Ele somente fecha uma porta quando abre outra ainda maior na nossa vida (cf. 2 Cr 25.9; SI 84.7; Ap 3.7-8). O maná somente cessou, quando o povo começou a desfrutar do trigo. Isso é glorioso.

O maná é uma figura de CRISTO, pois Ele é o sustento da alma... Estava no deserto, mas não era do deserto. Era o pão do céu, seu sabor não era terrestre. Prefigurava CRISTO na sua exaltação aqui no mundo. Ele disse: "Eu não sou do mundo" (Jo 17.41). O trigo era "da terra". Seu sabor era do lugar onde se encontrava. Era uma figura de CRISTO em sua humilhação", enfrentando todo tipo de afronta e sofrimento para salvador o pecador arrependido. Existem várias outras comparações entre o maná e CRISTO, por exemplo:

- Maná Caía de noite quando alçava o orvalho: CRISTO a luz do mundo - nasceu de noite (ÊX 16.14; Lc 2.1-8).

- Maná Era uma coisa "miúda, redonda". Fala daquele que aos olhos naturais “não tinha parecer nem formosura" (Êx 16.14; Is 53.2).

- Quando os filhos de Israel viram-no, clamaram "man hu?" (que é isto?). Com respeito a JESUS a multidão exclamou: "Quem é este?" (Ex 16.15; Mt 21.10).

- Ninguém colhia de menos, nem demais. CRISTO satisfaz a todos. Porque "CRISTO é tudo em todos" (Ex 16.11 18).

- Cheirava mal quando colhido fora de tempo. Somente os desobedientes colheram o maná fora de tempo (Êx 16. 20). CRISTO e sua Igreja são o bom cheiro suave para os que se salvam, e cheiro de morte para os que se perdem (2 Co 2.14­16). Em Ap 2.17, CRISTO oferece-nos daquilo que está oculto à maioria dos homens. O maná escondido somente para os vencedores.
c) Um guerreiro divino aparece a Josué  (vv.13-15). Temos aqui uma teofania
· Teofania e Cristofania são Termos teológicos para designar as aparições de Cristo antes de ser encarnado.
·  São denominadas aparições visíveis de Deus.
·  É um conceito de cunho teológico que significa a manifestação de Deus em algum lugar, coisa ou pessoa.
Gênesis 22:15-18; 31:11-13. Josué 5:14 ; Juízes 13:18

1. A espada desembainhada indicava provavelmente que o julgamento divino cairia em breve sobre os cananeus

2. O anjo disse para Josué: “Descalça as sandálias dos teus pés”. Isto significa: Desarmar-se de si mesmo para receber as armas de Deus.

Ex. Para sermos fortalecidos pelo Senhor e dele nos revestirmos de todas as suas armaduras é necessário que desçamos ao pó em oração, adoração, meditação na palavra de Deus e uma vida santificada. (Aleluia).

CONCLUSÃO
Portanto, amados irmãos, como vimos nesta noite, a vitória dos israelitas estava condicionada à obediência ao Senhor e a sua palavra.

Deus não apenas cumpriu as promessas que lhes fez no passado, mas assegurou-lhes novas vitórias no futuro.

Se formos submissos ao Senhor e a sua palavra, teremos as mesmas garantias, promessas e vitórias.

_________________________ Apoio bibliográfico:
Josué - Revista CPAD/ano: 2009


Apostila - História do Antigo Testamento - Instituo Teológico Superior de Missões - ITESMI

terça-feira, 12 de abril de 2016

Buscai o Senhor enquanto há tempo

Texto: Isaías 55:6
Pr. Gomes Silva

I. INTRODUÇÃO
Não existe um tempo específico para você buscar o Senhor. O que deve existir isso sim é disposição para estar aos pés do Grande Eu Sou.

II. BUSCAI AO SENHOR
É muito comum que as pessoas se voltem para Deus nos momentos difíceis, de angustia e de sofrimento, e nesses momentos é certo que nessa busca não temos por fundamento um encontro com Deus, mas sim a solução dos problemas ou do que ele pode fazer em nosso favor.

Uma coisa é certa: Tem que haver esforços para se deparar com o Senhor, pois Nele entendemos encontrar a paz, alegria, felicidade plena e a certeza de que ele não nos desampara.

Muitas vezes estamos cansados e desmotivados para procurar o Senhor, mas um passo para a Bíblica e uma pequena meditação nos levará a compreender a importância de se buscar a Deus, como Isaías fala no texto referido.

Um exemplo é uma fonte de água. Se estiver com sede, você a buscará mais intensamente, com desejo ardente de chegar ao local para matar a sede. Faça isso também na busca ao Senhor, tendo a Palavra de Deus como fonte inspirada.

É certo que muitas pessoas, às vezes, faz longas caminhas a procura de uma fonte de água viva enquanto conduzem essa mesma fonte debaixo de seus braços ou a deixa em cima de uma instante em sua residência.

III. BUSCAI O SENHOR ENQUANTO SE PODE ACHAR
Qual é o dia que o Senhor está acessível aos que o procuram? Não existe um dia específico. O Senhor Jesus está a nossa disposição 24 horas do dia, sem interrupção, pois, na sua condição divina, Ele assiste todos os moradores da terra e atende-os ao mesmo tempo.

Então, o dia para se buscar o Senhor é hoje. Não adie uma conversa franca, alegre e maravilhosamente com o nosso Deus. Ele vai te escutar e responder suas perguntas, mesmo sendo debaixo de conflitos ou de êxitos em seus projetos de vida.

Ele quer ser honrado por você!

Jr 29:13-14
“Buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração; eu serei achado de vós”

IV. INVOCAI-O ENQUANTO ESTÁ PERTO
Talvez você esteja passando por um momento difícil, sem saber o que fazer. Já tentou várias saídas e nenhuma porta foi aberta. Não se desespere. Ainda há uma esperança para você: Deus não desistiu de você nem vai lhe abandonar quando por Ele invocares.

Então, com essa certeza, não tenha medo nem pare diante dos obstáculos. Invoque o auxílio do Senhor, porque Ele está perto de você, atento ao seu clamor (Salmo 34:15).

V. CONCLUSÃO
Não tem como o homem viver uma vida menos sofredora (João 16:33) sem a participação do Deus – Todo Poderoso. Não podemos viver enganados, pensando que não encontraremos dificuldades nem grandes provações. O próprio Jesus disse que teríamos aflições, porém assegurando que teríamos esse auxílio do próprio Senhor.

Portanto, ainda hoje, busque esse Deus maravilhoso, começando pelas páginas da Bíblia, onde encontrarás as respostas que procuras. E busca viver uma comunhão concreta com Ele através do Espírito Santo.

sábado, 9 de abril de 2016

RESTAURADOS PELA COMUNHÃO COM DEUS

TEMA: COMUNHÃO TÍTULO: RESTAURADOS PELA COMUNHÃO COM DEUS INTRODUÇÃO Esta carta é escrita mais no estilo de um tratado, visto não conter nem saudação, nem conclusão. João, no segundo capítulo desta mesma carta, dirige-se a pais, a criancinhas e a moços, indicando que não se tratava duma carta pessoal a determinada pessoa. Visava, provavelmente, uma congregação ou várias congregações, e, na realidade, aplica-se à inteira associação dos que estão em união com Cristo nessas igrejas - 1 João 2:13-14.
VEJAMOS QUATRO FRUTOS DESSA COMUNHÃO
I. A MANIFESTAÇÃO DO VERBO – 1:1-4/JO 1: a) O verbo era Cristo: ele fez tudo
“Pois, nele, foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio dele e para ele” – Colossenses 1:16. b) Jesus veio ao mundo com a mais importante missão que Deus pode dá ao homem: Resgatar o perdido;
c) O homem que havia pecado contra Deus – Rm 3:23 -, agora tem a oportunidade de voltar a ter comunhão com Deus (Rm 6:23b “O dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor”)
d) A cruz do calvário foi o meio pelo qual o Senhor pagou o alto preço pela nossa salvação. Na cruz ficaram minhas angústias Na cruz ficaram meus pecados Na cruz ficaram minhas imperfeições Na cruz ficou o meu orgulho Na cruz eu fui reconciliado com DEUS. 
e) Através da manifestação do verbo, que se fez carne e habitou entre nós, Jesus Cristo proporcionou a vida eterna a esse homem arrependido e regenerado pelo poder sobrenatural do Espírito Santo de Deus.
1. Essa vida eterna só pode ser obtida mediante a fé em Jesus Cristo e a comunhão com ele (vv. 2.6-7; 2:22-25).
II. A COMUNHÃO É SÓ PARA QUEM VIVE NA LUZ – V. 5-7 “Comunhão” (gr. Koinonia), literalmente significa “ter em comum”, e envolve compartilhar e participar. Os cristãos tem essa comunhão porque tem a fé cristã em comum (Tito 1:3-4 e 1 Co 1:9).
a) Testemunho dos apóstolos – v. 5 (At. 1:8); 1. Que Jesus Cristo veio em carne (4:2-3) 2. Que Jesus é o filho do Deus altíssimo 3. Que Jesus é o Messias rejeitado pelos judeus 4. Que Jesus veio salvar o pecador (Atos 4:12) 5. Que Jesus Cristo é a propiciação pelos nossos pecados (1 João 2:2) "Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou o seu Filho como propiciação pelos nossos pecados" (1 João 4:10).
b) “Em Deus não há trevas” – v. 5; Com essa expressão, João afirma de modo vigoroso que Deus é totalmente perfeito e nada existe no caráter de Deus que possa afetar a sua verdade e santidade (cf. Tg 1:17);
c) A mentira afasta o homem de Deus – v. 6. 1. A mentira foi a única paternidade que Deus atribui a satanás. 2. Satanás é o pai da mentira – João 8:44;
O que acontecia? Falsos mestres alegavam ser iluminados e supostamente declaravam ter comunhão com Cristo. Porém, não condizia com a realidade. O fato de andarem nas trevas refutava suas alegações e, consequentemente, demonstrava que eles não tinham a salvação genuína. A palavra “mentimos” no versículo 6b refere-se à comunhão que eles alegavam ter no verso 6a. 
d) A luz nos coloca em comunhão com a família, a igreja etc – v. 7 O cristão genuíno tem por hábito andar na luz (verdade e santidade) e não nas trevas (falsidade e pecado).
Seu modo de andar também resulta na purificação do pecado enquanto o Senhor continuamente perdoa seus filhos. Uma vez que aqueles que andam na luz compartilha o caráter de Deus eles habitualmente são caracterizados pela santidade de Deus (3 Jo 11), indicando sua verdadeira comunhão com ele (Tg 1:27). O cristão genuíno não anda em trevas, mas somente na luz (2 Co 6:14; Ef. 5:8) e a purificação do pecado ocorre continuamente – v. 9
III. QUATRO COISAS ACONTECEM A QUEM VIVE NA LUZ – 1:8-10 Todos nós pecamos, e aqueles que dizem que não pecam não têm a verdade, e fazem Deus parecer mentiroso (1Jo 1:8-10);
a) Conscientização de que somos pecadores – v. 8 e / Rm 3:23 b) Confissão de pecados – Pv 28:13 “O que encobre as suas transgressões jamais prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia”. c) Pecadores são perdoados – Isaías 43:13, 18-19 e 25 Ainda antes que houvesse dia, eu sou; e ninguém há que possa fazer escapar das minhas mãos; agindo eu, quem o impedirá? Não vos lembreis das coisas passadas, nem considereis as antigas.
Eis que faço uma coisa nova, agora sairá à luz; porventura não a percebeis? Eis que porei um caminho no deserto, e rios no ermo. Eu, eu mesmo, sou o que apago as tuas transgressões por amor de mim, e dos teus pecados não me lembro. Isaías 43:18-19 e 25 d) Em assim sendo, todas as maldades do homem serão purificadas. Quais as formas que Deus usa para nos purificar?
I- Purificação através da ÁGUA: “tudo o que não pode suporta o fogo fareis passar pela água” (v.23b). Os rituais de lavagem tinham ligação com o conceito de purificação (Marcos 7.4). Quando alguém pecava, imolava a um cordeiro, o queimava e depois lavava suas vestes, então estava purificado. Ninguém podia entrar na presença de Deus ou no templo sem se lavar (II Samuel 12.20).
A água molha, encharca e limpa, então pode simbolizar:
II- Purificação através do fogo: “tudo o que pode suportar o fogo fareis passar pelo fogo, para que fique limpo” (v.23). Muitas vezes a pessoa não aceita ser lavada pela água da Palavra, ou já passou pelas águas de tribulação, mas ainda existem coisas sujas no mais profundo do seu íntimo, que precisam sair, e então passa pelo fogo. O fundidor lava, mas se estiver fosco (qualquer coisa sem brilho e transparência) ele queima. O fogo queima, derrete, purifica e limpa, então pode simbolizar:
a) Fogo do ESPÍRITO SANTO: Todos devemos nos empenhar na luta contra o pecado (2:1); Deus proveu um sacrifício propiciatório pelos pecados, por meio de Jesus Cristo, a quem temos como ajudador junto ao Pai (2:1; 4:10);
Quando estamos na presença de Deus, estamos como no meio do fogo (Isaías 66.15-16). Moisés quando estava na presença de Deus, era avistado pelo povo somente o monte coberto de fogo (Êxodo 8.2-4). Deus é como “fogo consumidor” (Hebreus 12.29).
· A palavra de Deus é como fogo que purifica e queima todo mal e pecado: Deuteronômio 4.33.
· Quando ouvimos uma palavra que sentimos ir mais fundo do nosso coração e o sentimos arder, essa palavra é como fogo purificando o interior: Jeremias 23.29. · Quando passamos pelo fogo ouvindo a palavra de Deus, lembramos ou descobrimos erros e pecados. Isso é a escória aparecendo, então deixamos Deus tirar esta escória (sujeira) e ficamos puros. Quando nos expomos á palavra, estamos entrando no Crisol de Deus, (local onde o metal é aquecido e purificado): Malaquias 3.3. · A promessa do batismo “com o Espírito Santo e com fogo”: Mateus 3.11. · O Espírito Santo veio como “línguas como de fogo” sobre a cabeça dos cristãos, no Pentecostes: Atos 2.3.
DEUS QUER OS SEUS FILHOS PUROS E SEM MISTURA DO MUNDO! Por isso, Deus nos faz ouvir sua palavra, para aquecer o nosso coração e tirar toda sujeira (I Coríntios 3.13 e 15).
IV - DEUS É JUSTO – V. 19 a) Deus é fiel (Sl 103:13, 17-18) Mas Deus não tem compromisso com infiéis
1. O COMPROMISSO COM DEUS EXIGE RENÚNCIA. Isso demonstra que o compromisso com Deus exige renúncia, devemos abrir mão de muitas coisas (renúncia do Eu, renúncia do pecado, renúncia do orgulho, da soberba, por exemplo) "Se alguém vem a mim e não aborrece a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs e ainda a sua própria vida, não pode ser meu discípulo. E qualquer que não tomar a sua cruz e vier após mim não pode ser meu discípulo" (Lc 14:26,27).
2. O COMPROMISSO COM DEUS EXIGE DISCIPLINA. Disciplina da oração (Lc 18:1), Disciplina na meditação da palavra, Disciplina da consagração, Disciplina no enchimento do Espírito Santo (Ef 5:18), Disciplina na comunhão com o corpo de Cristo (a igreja) – Rm 12:1-12; disciplina na obediência à liderança constituída por Deus.
3. O COMPROMISSO COM DEUS EXIGE PERSEVERANÇA. 3.1. Precisamos vencer o cansaço, 3.2 - vencer o desânimo, 3.3 - vencer a comodidade, 3.4 - vencer Os falsos sentimentos, 3.5 - vencer A falsa espiritualidade, 3.6 - vencer As condições adversas.
4. O QUE DETERMINA O NOSSO COMPROMISSO COM DEUS. * O nosso amor a Jesus (Jo 15:13); * O nosso desejo de exercitar os dons que recebemos, * A consciência do nosso chamado (Jo 15:1-4, 16; Mt 28:19,20).
b) Deus é justo
Deus é a minha justiça. Por mais que o diabo se levante contra mim, usando, inclusive pessoas do meio evangélico para nos entristecer, não podemos desanimar, pois o nosso Deus é fiel e justo. E vela pelo cumprimento da sua palavra. CONCLUSÃO
Portanto, ninguém poderá alcançar a vida eterna em Cristo sem comunhão com Ele, o Pai e o Espírito Santo. 
Essa comunhão é um privilégio dos que aceitam o sacrifício de Cristo na cruz e entrega-lhes a vida, independente do que venha pela frente, haja vista ser Deus o nosso protetor.
Que vivamos na luz – Jesus Cristo -, conforme nos orienta a palavra de Deus, que purifica, regenera, santifica e dá a esperança de dias melhores – espiritual e materialmente -, na vida dos Filhos do Altíssimo.